segunda-feira, 29 de julho de 2013

Minha experiência com surf (contin. II) - "MACETES"


Amigos,

Eu pensei em falar com vocês, ainda, sobre o surf e passar macetes, tipo:

- conversar, trocar experiências, pesquisar;
- alimentação;
- remada;
- ficar em pé;
- intervalo de ondas;
- entrar no mar agitado;
- vento forte;
- previsão de maré (consultar);
- uso da parafina pra ficar em pé;
- regras dentro do mar (outros surfistas);
- cansaço excessivo;
- hidratação;
- corrente de retorno;
- linguagem/dicionário;
- Técnicas pra ficar em pé na prancha.

Mas dei por mim que este não é um blog pra ensinar a surfar rsrsr.

Preciso focar no surf em relação à idade. Achei muito legal essa foto ai do lado .... que disposição!

Pois então, minha grande dificuldade foi, por incrível que pareça, CONDICIONAMENTO FÍSICO.

Caramba ..... fiquei moooorto na primeira vez que precisei entrar no mar. Enquanto eu estava só na beirinha, tudo bem, mas pra entrar e pegar a onda é ooooutra estória.

Descobri que há praias que a rebentação é mais tranquila. É bom pesquisar mesmo.

Procure uma prancha com bastante flutuação porque ela vai "perdoar" sua falta de condicionamento e/ou falta de técnica e você fica em pé com facilidade.

Pense numa funboard ou uma longboard, depois você evolui e pega menores (ou não). Eu nem sei se quero pegar pranchinhas. Gosto demais da minha fun.

Praticar com frequência, entretanto, é fundamental. Em pouco tempo você ganha condicionamento. Se aliar o suf com outra prática, como corridas regulares, seu condicionamento cardio-respiratório vai ficar excepcional.

Se você se interessou pelo esporte, pesquise sobre os assuntos que eu relacionei acima e não deixe de mandar comentários, terei o maior prazer em responder.

Não esgotei o assunto. Mas pra começar esses 3 posts já chegam ;)

Abraços

Petrus

sábado, 27 de julho de 2013

Minha experiência com surf (contin. II) - ACESSÓRIOS


Leash ou cordinha
Além da prancha, sobre o que conversamos no post anterior, você precisa de uma cordinha (ou leash), precisa passar parafina na prancha, se proteger do sol, usar uma sunga, uma bermuda, etc., etc. etc. .... rsrs.

É muita coisa hein, mas precisa mesmo.

Outro dia eu estava surfando na Praia do Futuro, em Fortaleza, e passei por uma situação chata. Quando cheguei pra surfar tinha um cara saindo da água com a quilha quebrada .... mais adiante vinha um reclamando que a cordinha quebrou.

Sinais meu amigo, sinais. Antes de surfar olhe para o mar e aprenda a identificar como ele está se comportando naquele dia.

Eu não li os sinais ... remei como um condenado pra passar a rebentação com minha funboard, sem afundar, sem passar por baixo das ondas que vinham. Cheguei lá no fundo mortinho da silva.

Por causa disso, passei da linha que a galera estava pra poder descansar. Pensei em passar de onde as ondas se formam ... estava precisando de um tempo.

Porém, do nada, veio uma onda gigantesca e eu não estava em posição, nem pra pegar a onda, nem pra passar por ela ... resultado: - empurrei a prancha pra tras e tentei mergulhar (eu sabia que não ia conseguir afundar aquela prancha enorme). A onda puxou a onda e me levou junto, até um determinado ponto .... a cordinha partiu e as ondas levaram minha prancha, kkkk, fiquei no fundão e tive que voltar no braço (um cara ainda gritou: - Vai na paaaaz irmão!)

Lição que tirei do episódio:
- Use uma cordinha com espessura bastante para suportar a tensão da prancha;
- Verifique sempre se a sua cordinha está em boas condições. Ela deforma com o tempo;
- Olhe para o mar. Se eu tivesse "lido" a situação do mar naquele dia (consultado a previsão, conversado com os caras que saíram), não teria sido pego de surpresa. Você precisa ter humildade e reconhecer que seu nível ainda não permite encarar um mar pesado demais;
- Por sorte não roubaram minha prancha. Depois de uns minutos, quando cheguei na areia, ela estava lá, mas podia ter sido levada. O fluxo de pessoas naquela praia é grande.

A parafina também é importante. Impede que você escorregue. Os vídeo ao lado vão te dar uma dica de como passar parafina e como limpar a prancha. É preciso tirar a parafina velha depois de um tempo também.

Para isso serve o "raspador". Tem umas bermudas que a gente compra e já vem com o raspador dentro do bolso. Alguns raspadores vêm com uma chave para afrouxar os parafusos das "quilhas".

Eu comprei uma bermuda de material elástico, excelente! Faz a diferença, o preço compensa. Vc tem muito mais liberdade de movimento

Abaixo da bermuda é bom usar uma sunga. Nunca se sabe a força da próxima onda hehehe.

Se protege do sol. Essa dica não tem idade. Tanto faz ser novinho ou adulto, o sol queima meeeesmo.

Aqui em Fortaleza o clima é quente. Como eu tenho pouco cabelo comprei até um boné pra proteger a cabeça porque tem dias que o bicho pega. Já queimei a cabeça de uma forma tal que descascou rsrsr.

Use protetor solar, sem pena, pra não ter que ficar voltando constantemente pra colocar mais (rosto, braços, ombros, costas, batata das pernas, tudo).

Outra pedida é usar malhas (camisas) especialmente feitas pro surf. As de boa marca têm proteção UV. Olha o selo para ter certeza que tem proteção UV.

Eu costumo usar relógio quando entro no mar (digital, simples). Minha pulseira é de silicone (borracha). Cuidado com o tipo de relógio que você vai usar porque alguns tem o pino muito grande e pode machucar sua mão quando você se apoiar na prancha pra ficar de pé.

Quem está começando pode usar uma luva palmar, pra dar maior potência às remadas ... recomendo porque usei e funciona mesmo.

Além disso tudo tem as quilhas, mas esse episódio é um capítulo à parte. Tem muita especificação pra colocar aqui e este post já está demasiado grande rsrsrs.

Leva água no carro, umas barrinhas de cereal. Dependendo de onde você for surfar pode não ter comida nem água.

Além disso tudo, costumo deixar no carro uma com toalha, camisa e bermuda seca extras sacos plásticos para colocar a roupa molhada.

Não entre no mar com a chave original do seu carro porque a maioria tem um chip dentro da cabeça e ele queima. Seu carro não vai ligar e você fica no prego.

Manda fazer uma cópia. Deixe a original dentro e leve no bolso essa cópia baratinha.



Raspador simples

Raspador com chave





Boné pra surfar















sexta-feira, 26 de julho de 2013

Minha experiência com surf (contin. I) "ESCOLHENDO A PRANCHA"

Continuando a postagem anterior (Minha experiência com surf) vou começar a falar sobre os equipamentos e acessórios que conheci, desde que comecei a praticar surf.

Ainda sou iniciante, comecei aos 44 e estou surfando há 08 meses apenas.

No próximo post vou passar umas "dicas" pra galerinha que vai começar a surfar, ou já começou e está tendo dificuldades. Neste vamos falar apenas do material necessário pra surfar (e o desnecessário tbm rsrs).

Começando pelo que é estritamente indispensável, temos a prancha, claro.

No começo das aulas a gente usava prancha emborrachada, as softboards, como falei no post anterior. Depois, no entanto, você vai precisar adquirir a sua e daí vêm as principais dúvidas..... que prancha vou comprar? Qual shape? Usada ou nova?

É bom ter em mente que, seja qual for o modelo de prancha que você comprar, vai passar por um período de adaptação, que significa, tentar subir e cair, sem dúvida.

Mas é bom pensar na relação peso/tamanho do surfista/espessura da prancha.

O desenho ao lado (1) serve para ter dar base do tamanho da prancha, em relação à altura do surfista, mas não serve como indicação absoluta. Especialmente porque não se aplica às pranchas chamadas longboards ou às funboards. As medidas da prancha são consideradas em pés e polegadas.

Em relação ao peso do surfista, observe o quadro ao lado (2). Claro que o peso influencia na flutuação.

Um cara pesado precisa de mais flutuação, senão afunda mesmo.

Pra diferenciar de forma bem superficial, a surfboard (pranchinha) é aquela com bico pontudo. A funboard tem o bico arredondado, é um pouco maior que a anterior. A longboard é bem grande, maior que as anteriores, bico redondo também. Quanto maior, menor a velocidade e variedade das manobras. Mas não se engane... o divertimento do surf não está ligado a radicalidade das manobras, tisc tisc, de jeito algum.

As longboards têm tipos de manobra específicos dela mesma, mas são as mais fáceis de ficar em pé; flutuam muito.

Recomendo aos iniciantes e aos experientes com pouco preparo físico que optem pelos modelos funboard. Eu uso uma fun ... 7.6

Além desses três grandes grupos, você vai encontrar as pranchas evolution, que têm um tamanho aproximado de funboard, mas o bico é mais agudo, porém com excelente flutuação. Como o nome sugere, é uma evolução da fun para a "pranchinha".

Pra quem tem problema de coluna ou pouca força de explosão, o movimento de ficar em pé (pop up) pode ser mais lento, por isso sugeri uma fun ou uma long. Existem variadas técnicas pra ficar em pé, mas isso vou apresentar noutro post.

No início do divertimento, as possíveis dores na coluna ou musculares (comuns no iniciante) podem ter um leve incremento. Acredito, pessoalmente, que a continuidade da prática fortalece a musculatura e as dores vão sumindo progressivamente. É preciso persistência e foco. Se as dores aumentarem consideravelmente e não desaparecerem, suspenda a atividade, procure um médico.

Tenha cuidado ao manusear a prancha fora da água. A resina é sensível e racha quando leva pancada. Use capa pra guardar a prancha, capas de toalha ou térmicas. Compre borrachas que encaixem na ponta e na cauda da prancha. Se a prancha rachar, mesmo que seja uma pequena rachadura, mande logo reparar porque a infiltração de água salgada acaba com a prancha.

Se você conhece uma loja "de confiança", que revenda pranchas usadas, essa pode ser uma boa ideia. Cuidado com a origem dessas usadas. Procure indagar sobre a procedência. Há pranchas usadas em excelente estado, quase novas, com preço bem mais acessível.

Leve um amigo experiente para olhar usadas ou novas. As usadas podem ter possuir reparos severos que somente um surfista experiente pode identificar.

O tamanho e espessura da prancha estão sempre indicadas na parte inferior, próximo às quilhas, como na figura ao lado (4) (em pés e polegadas).

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Minha experiência com o SURF

Como já havia dito anteriormente, sou novato no surf.

Meu primeiro contato com uma prancha foi em novembro/2012, logo após a alta da cirurgia de coluna sobre a qual falei na postagem intitulada "Proposta do blog, continuação...", ou seja, apenas 08 meses atrás.

Durante o período de recuperação imaginei mil coisas novas pra fazer, mas a primeira idéia foi o Kite Surf. O médico que me operou disse que praticava kite, mesmo aos 50 e poucos anos. Desisti da idéia quando avaliei os custos. Kite não é um esporte dos mais baratos, desde o curso aos equipamentos.

Quando o médico me deu alta, comecei a caminhar e depois passei a correr pequenas distâncias, pra recuperar a auto confiança. Além disso, eu estava totalmente fora de forma: Deitado durante todo um mês e mais dois meses só no "piloto automático", com dores no pescoço e quadril.

Tenho um amigo surfista (surfa há cerca de 30 anos) que me recomendou uma "escolinha" de surf na Praia do Futuro, aqui em Fortaleza, chamada PF Surf School. Foi uma excelente dica.

Comprei pacotes de aula. Cada pacote, de 4 aulas, me custou 100 reais. Nas aulas são passados teoria e prática, usando softboards, que são pranchas de um material emborrachado, que proporcionam maior flutuação e estabilidade.

- No primeiro dia de aula você fica em pé!

Foi o que me disseram e foi assim que aconteceu, fiquei mesmo, rsrsrs. As aulas são na beira da água. Só depois de um tempo é que você passa pro "fundão".

- Detalhe: Surfar emagrece! Se você aliar a prática do surf a uma dieta saudável, vai perder peso rapidinho.

Porém, pra surfar é preciso preparo físico. Recomendo que, aliado ao surf, você pratique alguma outra atividade aeróbica que sirva de suporte, como corrida, por exemplo. Se você estiver pensando em surfar como os "peladeiros", ou seja, só final de semana, você vai sofrer mais.

Durante a fase das aulinhas, você fica na beira d'água .... mas depois depende dos seus braços pra "remar lá dentro" e isso, vai cansar bastante.

Como eu já andava de skate desde os 15 anos, tive facilidade de ficar em pé sozinho numa prancha de fibra (quando acabaram as aulas com softboard passei pra prancha de fibra, comprei a minha).

O surf melhora sua disposição cardíaca, sua capacidade pulmonar, a musculatura superior (braços e abdomen), ou seja, faz um bem danado. Seja persistente, determinado.

No meu caso a cirurgia na coluna cervical não foi empecilho pra que eu pudesse ficar deitado na prancha, remando e olhando pra frente. Se fiquei alguma limitação de movimento, não percebi.

O contato com o mar realmente tem uma coisa mágica, inexplicável. Você pode passar horas lá dentro, sem pensar em problema algum, só imaginando a próxima onda, vendo a galera do seu lado dropando .... é incrível mesmo.

Você muda de cor (pelo menos aqui em Fortaleza ganha um bronze, rsrs), muda seu físico, melhora sua saúde e equilibra sua mente.

No próximo post vou falar sobre os equipamentos e outros macetes para a prática do surf.

Abraço a todos,

Petrus.


quarta-feira, 24 de julho de 2013

Por onde começar?



Considerando que você já fez sua avaliação médica e está em condições de praticar uma atividade física, lembre-se que é importante manter uma regularidade nessa prática, seja lá qual for a que você vai escolher.

Por onde começar? Que atividade física vou escolher?

Muita gente tem optado pelas academias de musculação, por uma série de motivos, segurança, comodidade, exercícios orientados, aumento de massa muscular, emagrecimento, definição, etc.

Eu, pessoalmente, não gosto muito de academia. Já fiz musculação por vários períodos, mas nunca passei mais de 7 ou 8 meses. Acho meio monótono, acabo ficando enjoado e saio.

Preciso fazer coisas ao ar livre ...... mas essa é uma característica "minha". Conheço muita gente que usa academia para musculação há anos e não troca por nada.

O que é certo é que é preciso se mexer.

Você sabia que com o passar dos anos perdemos massa muscular? Como consequência dessa perda vêm a perda de independência, a depressão, aumento do risco de quedas e fraturas.

Só não fique parado. Se você se sente atraído pela atividade em academia, experimente. Se você for igual a mim, se preferir coisas variadas, posso recomendar (por experiência própria) futebol, surf, boxe, ciclismo, corrida de rua.

Claro que cada uma dessas atividades tem seus riscos.

Futebol, por exemplo, pode não ser bom pra quem já tem problema nos joelhos. Mas você pode se encaixar em um "racha" que tenha pessoas da sua mesma faixa etária, onde o divertimento seja maior e a competitividade menor.

O surf tem como pressuposto saber nadar (rsrs, claro), mas pode ser praticado sem impacto na estrutura óssea, na beirinha da praia, com pranchas especiais de material emborrachado (procure uma escolinha). É divertimento certo.

O boxe pode pesar nos joelhos também, mas não precisa necessariamente levar ao combate entre os alunos (você pode escolher apenas os treinos teóricos e bater no saco).  O desenvolvimento cárdio-respiratório é incrível!

Ciclismo pode ocasionar quedas, recomenda-se a prática em grupo por questão de segurança e motivação, mas traz excelentes benefícios, além da proximidade com a natureza e a sensação de liberdade (que tal participar de grupos de passeios noturnos?).

A corrida de rua já é um esporte disseminado atualmente. Procure uma assessoria. Lembre-se que joelhos e coluna são exigidos.

Mantenha regularidade em qualquer uma dessas modalidades, ou de outra que você preferir. Isso é imprescindível para que a atividade não se transforme num risco para sua saúde.

Você se lembra do comediante Bussunda (Casseta & Planeta)? Ele morreu em decorrência de um ataque cardíaco fulminante quando jogava uma pelada com funcionários da Rede Globo e colegas de programa. Basta olhar as fotografias pra ver que, apesar de ser um apaixonado por futebol, Bussunda não cuidava de sua saúde física, alimentação, nem praticava seu esporte de forma constante.

Pesquise, leia sobre as diversas modalidade esportivas que lhe atraem, não invista em equipamentos e acessórios sem a certeza de que vai seguir em frente, pelo menos durante um tempo.

Procure escolinhas (pro surf, por exemplo) ou assessorias (para corrida e ciclismo). É muito interessante se utilizar desses recursos para evitar cometer erros que vão prejudicar seu rendimento ou até mesmo causar lesões.

Não há um modo "fácil" de se manter saudável. Tem que ralar.

Comece agora sua pesquisa, escolha seu esporte e mãos à obra! Se não gostar da primeira escolha, comece outro, até se encontrar ;)

 Abraços!

Petrus.


terça-feira, 23 de julho de 2013

Se preparando para começar! Avaliação médica - IMPORTÂNCIA

Esse teste na esteira foi apenas um dos vários que fizemos no momento da consulta.


Amigos,

Antes de começar as atividades físicas, seja em que idade for, é importante se submeter a uma avaliação médica.

É preciso conhecer suas condições cardíacas, capacidade pulmonar, questões de estrutura física, óssea, sangue, etc.

Isso não é frescura. O conhecimento humano simplesmente está se especializando e hoje se reconhece a importância/necessidade de uma avaliação antes das atividades (e durante), seja para evitar lesões, seja para evitar um mal maior, seja, inclusive, para observar se as atividades estão sendo praticadas abaixo da carga ideal. Quem sabe até iniciar um tratamento de algum mal que você sequer sabia que possuía.

Como estou com 45 anos, antes de retomar a prática esportiva de maneira intensa, marquei a consulta com um médico do esporte.

Antes da consulta ele pediu uma variedade enorme de exames laboratoriais, através de urina e sangue para saber todas as minhas taxas.

No dia da consulta passei por uma entrevista para permitir que ele conhecesse meus hábitos alimentares, físicos e histórico familiar.

Após a entrevista iniciamos uma série de medições corporais, peso, percentual de gordura, volume pulmonar, força nos pulsos, envergadura, etc.

Em seguida passamos para bicicleta, esforço físico na academia (há uma pequena academia no próprio consultório), corrida livre (há uma quadra para), esteira (vídeo acima), além de outros.... foi muita coisa mesmo.

Quando fui para a consulta de retorno, o médico apresentou um extenso laudo, com o resultado dos estudos que realizou tendo por base: entrevista, exames laboratoriais, medições, hábitos físicos e alimentares, testes de esforço, ou seja, tudo que foi colhido desde o início.

Após a apresentação do laudo, ele sugere uma outra séria de práticas e possibilidades.

Amigos, é extremamente válida essa despesa. Há relatos de mal súbito, com morte, inclusive em atletas experientes, imagine em pessoas que estão iniciando, após uma fase de sedentarismo.

Antes da avaliação profissional, todo cuidado é pouco. Depois que o médico "acender a luz verde".... aí é só festa, dentro dos limites claro rsrsr.

Abraço!

Petrus

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Proposta do blog, continuação...


(eu estava gordinho antes da cirurgia)




Dando seguimento à primeira publicação (proposta do blog), quero narrar uma experiência que motivou, de forma especial e definitiva, o meu retorno às atividades físicas.

Sempre gostei de atividade física. Ainda criança fui obrigado a praticar natação porque sofria com frequentes crises de falta de ar e a recomendação médica era de aumentar a capacidade pulmonar. Eu tinha crises alérgicas que desencadeavam espirros sem controle e, invariavelmente ia parar no hospital. Vivia à base de Salbutamol (Aerolin) e inalação no hospital.

A prática da natação, aliada a um tratamento para a alergia, melhorou muito minha qualidade de vida, ainda na infância.

Minha adolescência foi como a de qualquer outro, bicicleta, futebol na rua, praia, educação física no colégio, karatê, etc .... essas coisinhas que todo mundo costuma fazer "de leve".

Até então não gostava de correr (como prática esportiva).

No início da fase adulta passei pela musculação em academia e depois entrei num longo período onde apenas jogava futebol de forma eventual. De tempos em tempos, voltava à academia para praticar musculação.

Um detalhe importante que deixei de citar foi que comecei a fumar cedo (influência das "amizades" ... comecei com 15 anos e parei aos 30, à pedido do meu filho mais velho. Eu não era de fumar muito, passava 2 ou 3 dias com uma carteira de cigarros, mas fumava regularmente. Graças a Deus parei sem ajuda de nenhum tratamento.

Nesse período todo, porém, de forma geral, nunca passei mais que 6 meses totalmente "parado". Sempre inventava alguma coisa pra fazer.

Quando cheguei aos 38/39, comecei a sentir uma dor persistente na parte posterior do pescoço. Essa dor era aguda e permanente, por mais que eu tentasse relaxar, fizesse massagens, a dor permanecia e comecei a acreditar que ela estava ligada à minha postura no trabalho, já que minha atividade profissional (jurídica) me leva a passar longos períodos sentado, lendo, de cabeça baixa.

A dor perdurava e nada de procurar um médico. Com o tempo comecei a sentir uma dormência que irradiava do pescoço através do braço esquerdo, alcançando os dedos: polegar, indicador e médio.

Nesse período, comecei a praticar boxe e, em seguida Muay Thai (abro aqui um parêntesis para registrar que são duas atividades extremamente prazerosas e de resultados incríveis. No futuro quero falar mais sobre essa experiência).

Aprendi a conviver com essa dor e essa dormência até que a dor no pescoço sumiu e fiquei com essa dormência nos dedos até que um belo dia, depois de meses ela também sumiu (do braço esquerdo), mas passou para a perna direita, quase toda.

Até então ainda não havia ido ao médico (que burrice).

Comecei a participar desses grupos que promovem passeios ciclísticos noturnos aos 42 e abandonei o boxe e o Muay Thai quando dois incidentes importantes aconteceram:

- Tentei alcançar um livro numa prateleira alta da estante e senti uma onda choque muito forte no meu corpo, que contraiu toda minha musculatura lateral direita, braço e perna, durante aproximadamente 30 segundos. - Durante uma pedalada noturna, bati o pé com força no chão e senti novamente essa reação, esse choque no corpo todo, com o mesmo reflexo muscular contraindo todo meu lado direito.

AÍ EU FIQUEI COM MEDO .... rsrsrs.

Marquei uma consulta com um especialista em coluna que, após a análise da ressonância magnética, me anunciou duas hérnias de disco cervicais (C3/C4 e C5/C6), pressionando fortemente a medula. Me apavorei mais ainda porque ele disse que qualquer movimento mais brusco poderia partir minha medula e me causar paralisia irreversível. Imediatamente marcamos uma cirurgia.

Nesse período refleti muito sobre toda minha vida. Aprendi a dar valor aos menores gestos: caminhar, subir escadas, dirigir um carro, pilotar uma moto, abraçar, correr, nadar, andar de bicicleta, enfim tudo.

Fiquei com muito medo de não poder voltar a ter uma vida "normal", como antes.

A cirurgia foi um sucesso, artrodese cervical, com colocação de próteses intervertebrais e plaqueta de titânio pegando 3 vértebras.

Após 03 meses de recuperação, recebi alta, voltei ao trabalho e retomei as atividades físicas. Só então pude perceber que meu desempenho vinha caindo por conta das debilidades causadas pelas hérnias. Meu vigor físico voltou plenamente.

Hoje, com 45 anos, além de correr, pedalar, nadar, aprendi a surfar e estou numa fase de satisfação que jamais estive, mesmo antes dos sintomas que levaram à cirurgia.

A colocação da plaqueta de titânio não causou limitação nos movimentos da cabeça e todos os sintomas (dormência, choque) desapareceram.

Não voltei ao boxe, nem ao Muay Thai, apesar de querer muito. Tenho receio que algum golpe na cabeça possa prejudicar minha coluna cervical. Sei que poderia seguir treinando sem combate direto, mas eu me conheço, rsrrsr, não ia resistir ao ringue.

Corri grandes riscos ao negligenciar os sintomas que vinha apresentando ao longo de 3/4 anos.

Lembro perfeitamente da sensação maravilhosa que senti quando recebi alta e fiz minha primeira caminhada bem devagar no Lago Jacarey, olhando para as árvores, percebendo meus pés no chão, me dando mobilidade, as pessoas ao redor andando, se divertindo. Nossa como aquilo tudo foi bom, como nossa vida é maravilhosa e nossa saúde é preciosa.

Daí fica o conselho: - Não adie uma consulta médica se você estiver sentindo alguma coisa diferente por um período maior que uma semana.

domingo, 21 de julho de 2013

Primeira postagem: Proposta do blog

Resolvi criar este blog para conversar e partilhar algumas das minhas experiências, divulgar idéias e opiniões de amigos e internautas em assuntos ligados à saúde e prática de esportes quando a idade começa a chegar, afinal estou com 45 aninhos rsrs.

Quando era mais novo, acreditava que quando chegasse aos 40 ia ser "velho", assim como a maioria dos adolescente acredita. Engano meu (graças a Deus rsrs).

Me sinto super bem e pratico esportes com regularidade, uma regularidade bem significativa. Claro que alguns percalços, alguns obstáculos começam a aparecer, não apenas por conta da idade, mas aparecem.

A ideia do blog é exatamente essa: apresentar esses obstáculos, esses "percalços", discuti-los, trocar ideias, etc., especialmente porque percebo que muitos dos meus amigos e contemporâneos não tem mais disposição para a prática de esportes, optando por encarar um modo de vida mais sedentário.

Isso me incomoda .... a idade e as mudanças que o corpo sofre com o tempo não podem (ou não deveriam) ser obstáculo à prática do esporte.

Neste primeiro post prefiro não me estender muito. A ideia foi lançada; vou lapidar o blog à medida que os assuntos forem sendo debatidos.

Um abraço a todos!!!

Petrus.