domingo, 11 de agosto de 2013

BICICLETA: divertimento, transporte e saúde (Parte 3)

Olá,

Dando continuidade às duas conversas anteriores sobre bicicleta, vou falar um pouco sobre minhas impressões quando voltei a pedalar.

Acho ótimo pedalar, gosto demais mesmo. Neste post quero partilhar algumas experiências pessoais.

Esse aí ta morto kkk
Vou começar falando da dificuldade de acompanhar os grupos de passeio noturno no começo.

Algumas vezes a falta de condição física é tão grande que uma pedalada pequena de alguns quarteirões já se torna um grande obstáculo.

Isso é resultado do nosso sedentarismo. É incrível como a gente fica fora de forma rapidinho.

Como já falei antes, o lance é não parar no primeiro passeio. É normal sentir dores musculares quando se faz esforço físico depois de um longo período de sedentarismo.

Lembre-se das recomendações que coloquei no post "Avaliação Médica" e dos assuntos abordados no post "Entrevista com Dr. Bruno Noronha (médico do esporte)".

As dores são uma decorrência da sobrecarga a que foi submetida a musculatura. Mas, se você mantiver a frequência da atividade, os músculos vão "entender" que aquela carga é a sua média, vão se adaptar, você fica mais forte e as dores passam.

A bicicleta elétrica infelizmente ainda é muito cara aqui no Brasil. Seria uma opção para aqueles que querem pedalar quando a condição física não ajuda. É possível usá-la num modo de "assistente" nas pedaladas, usando a propulsão como um complemento da força aplicada nos pedais.

Na minha opinião, entretanto, a bike elétrica não é muito interessante para uso contínuo, e vou explicar porque. Obviamente ela traz maior conforto e menor esforço ao ciclista, mas é essa a intenção? A intenção é usar uma bike que não requer pedal? Se for assim compra uma moto rsrsrs.

O preço pode variar de R$1.500,00 a R$4.500,00 (salgado hein?).

Fora isso, a bateria não tem uma autonomia tãããão razoável e, dependendo do uso (modo assistência ou acionamento direto) pode acabar antes do que você imagina.

Aí você está frito. Como ela tem muito mais peso pra carregar (estrutura, bateria, motor, etc.) pedalar com uma bike elétrica só "na perna" fica uma dureza.

A bike elétrica, então, nem é uma moto (porque é muito fraca) nem é uma bicicleta leve o bastante para te levar pra qualquer lugar. Mesmo as mais modernas com bateria mais "inteligente" e maior autonomia são, na minha opinião, um incentivo ao sedentarismo. Partilho da opinião dos meninos da Revista Galileu ... veja o vídeo.

Procure um selim adequado. Se a sua "sentada" está incomodando, pode ser que a regulagem do selim não esteja no ponto. Tente ajustar a altura do cano do selim (em relação ao pedal), de forma que sua perna não fique totalmente estendida, mas um pouco flexionada. Ajuste também a posição do selim (mais para frente, mais para trás), até que você se sinta confortável.

Selim de speed
Se a bunda dói, pode ser que o formato do selim não seja bom. Isso tudo também varia de acordo com o estilo da bike. As speeds permitem que você use um selim mais magro (sem gel ou espuma) porque a posição de pilotagem, muito inclinada para frente, divide o peso entre o selim e o guidão. Além disso, uma sela muito larga incomoda entre as pernas.

Quanto mais vertical a posição do tronco ao guiar a bike, mais confortável deve ser o selim. O incômodo da "sentada" atrapalha todo o divertimento. Além disso, para os homens ainda sobrevive a dúvida: se a pressão sobre a área da próstata pode acarretar algum mal futuro.

Para evitar, se você é homem, busque um selim que tenha uma parte central mais baixa (selim vazado), como nessa foto.

O tipo de bicicleta que você precisa depende do que você vai fazer. Se for para simples passeios noturnos, compre uma boa bicicleta de supermercado. Pra passeios urbanos é suficiente. To falando sério. Compra uma básica, com 18 ou 21 velocidades. As mulheres podem até comprar com cestinha na frente. Para uso na cidade é de bom tamanho (e a cestinha tem sua importância sim, reconheço).

Alugar bikes no momento do passeio é uma loteria. Na maioria das vezes você "perde o jogo", pega uma bike horrível, com freios e câmbio ruim, acaba ficando traumatizado no passeio.

Para fazer pedal tipo speed ou mountain bike (MTB), é bom buscar qualidade. A diferença de desempenho é muuuuito grande. Digo isso por experiência própria. Acaba saindo mais caro porque você descobre que vai ter que comprar uma outra bicicleta. Compre logo uma bicicleta boa, a diferença de preço é grande, mas a satisfação também rsrs. Fazer trilhas, com impactos frequentes, levando o freio ao limite, é bem diferente de andar no asfalto.

Converse com ciclistas mais experientes e de bom senso. Não se deixe levar por conversa de vendedor, a não ser que você o conheça bem.

Capacete é imprescindível. Luzes de alerta dianteira e trazeira são itens importantes. Um pequeno computador que registre velocidade, tempo, distância, é recomendável. Na verdade tem acessório tem pra tudo rsrs, se você for se deixar contagiar, vai acabar fazendo bobagem, gastando mais do que precisa.

Ah ... se você for fazer MTB não vá levar a bike cheia de acessórios hein, rsrs.

Já fiz muito pedal noturno ... a companhia do pessoal é muito legal, além de diminuir o risco de assaltos e acidentes.

Concentração na cidade de Maranguape
Participei outro dia da minha primeira prova de MTB. Foi numa categoria de início, mas a experiência foi muito boa. 

Final de prova!!!
Aprendi a navegar com planilha, vi as dificuldades de subir e descer trilhas no meio do mato, na pedra, na areia frouxa... dá pra ficar viciado rsrs.
Planilha, página final.





Seja lá o que for fazer ..... divirta-se!!!





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